segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Pinturas rupestres de 12 000 anos são descobertas na Amazônia colombiana As artes encontradas em paredões oferecem novas informações sobre os primeiros habitantes do continente

 


Pinturas rupestres de 12 000 anos são descobertas na Amazônia colombiana

Uma imensidão de pinturas avermelhadas encravadas na Floresta Amazônica está maravilhando ar­queó­logos e fornecendo evidências da ocupação do continente sul-americano muito antes da chegada dos europeus, no fim do século XV, e antes mesmo do advento das civilizações pré-históricas andinas. É consenso entre pesquisadores que o berço da humanidade é a África e que dali o Homo sapiens se espalhou pelo planeta — as divergências se dão quanto ao período em que isso teria acontecido: entre 130 000 e 50 000 anos atrás. Estima-­se que as primeiras comunidades tenham chegado à América do Sul há cerca de 20 000 anos, instalando-se no território amazônico que atualmente compreende nove países. Na época, ainda na chamada Era do Gelo, quando mantos glaciais cobriam a América do Norte e a Eurásia, o que hoje é uma descomunal floresta tropical ao sul do Equador assemelhava-se a uma savana, com a presença de enormes animais. As mais recentes descobertas arqueológicas desse período estão na Amazônia colombiana, mais precisamente na região de Serranía de La Lindosa, a 400 quilômetros da capital, Bogotá, em um sítio arqueo­lógico chamado Cerro Azul.

A atual Colômbia foi a provável porta de e

As artes encontradas em paredões oferecem novas informações sobre os primeiros habitantes do continenteA atual Colômbia foi a provável porta de entrada dos povos que migraram da América Central rumo ao sul. Em La Lindosa, pesquisadores encontraram colinas rochosas, de quase 13 quilômetros de extensão, cobertas com imagens de homens e animais feitas de terracota, material avermelhado oriundo da argila. De tão fascinante, o paredão foi batizado, com certo exagero, de “Capela Sistina da Antiguidade”, em referência aos afrescos de Michelangelo no Vaticano. Os artistas da época, no entanto, eram caçadores de animais como aqueles retratados nas pedras. Além de peixes, tartarugas, lagartos, morcegos e aves, notam-se representações detalhadas do mastodonte — um parente pré-histórico do elefante —, preguiças gigantes e equinos ancestrais, todos eles extintos há milênios. Não há como fazer datação dos paredões por carbono 14 (método apropriado a materiais orgânicos), mas sabe-se que esses animais desapareceram mais de 12 000 anos atrás. Este fato, associado aos materiais orgânicos remanescentes do período, como coquinhos de palmeiras encontrados no local — datáveis por carbono 14 —, levou os arqueólogos a estimar que as pinturas tenham impressionantes 12 500 anos de existência.

O uruguaio José Iriarte, professor da Universidade de Exeter, na Inglaterra, e um dos líderes do estudo, compara as descobertas de La Lindosa aos tesouros da Serra da Ca

Por Luiz Felipe Castro ... 


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