sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Bolsonaro entra com ação para impedir que STalibanF abra investigações por conta própria

 

Bolsonaro entra com ação para impedir que STF abra investigações por conta própria

Documento, que também foi assinado pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, pede a suspensão do artigo 43 do regimento interno do órgão, que deu origem à abertura do inquérito das fake news

  • Por Jovem Pan
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  • 20/08/2021 08h39 - Atualizado em 20/08/2021 08h53
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WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDODocumento é um pedido de medida cautelar para reparar os "preceitos fundamentais da segurança jurídica"

O presidente Jair Bolsonaro entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o tribunal não possa abrir inquéritos por conta própria. Ou seja, sem um pedido do Ministério Público Federal. O documento, também assinado pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, é um pedido de medida cautelar para reparar, entre outras coisas, os “preceitos fundamentais da segurança jurídica” e “taxatividade das competências originárias” do STF.  Na ação, os envolvidos questionam o uso do artigo 43 do regimento interno do Supremo, que prevê que “ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição, ou delegará esta atribuição a outro Ministro”. O artigo foi usado como base para a abertura do inquérito das fake news, em março de 2019, citado na ação apresentada nesta quinta-feira, 19.

No documento, o advogado-geral da União cita o que chama de “tentativa frustrada” da Procuradoria-Geral da República (PGR) de arquivar o inquérito e a sequência de diligências adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, após a instauração.  Remoção de conteúdo jornalístico envolvendo relatos que mencionavam nome de Ministro do Supremo Tribunal Federal”; “realização de busca e apreensão contra ex-Procurador-Geral da República, por manifestações externadas na imprensa”; afastamento de auditores fiscais da Receita Federal por acesso indevido a informações sigilosas de ministros; prisão de parlamentar que “hostilizou” ministros nas redes sociais; “acolheu despacho do Tribunal Superior Eleitoral para determinar a investigação de condutas do Presidente da República por críticas à integridade do processo eleitoral” e por “vazamento de inquérito sigiloso”.

“Trata-se de um mosaico de fatos sem nenhuma relação aparente de conexão concreta, que foram submetidos ao escrutínio investigatório de um ministro”, diz documento do governo,

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