Epidemiologista corrige cálculo que mostrou eficácia da Coronavac abaixo de 50%
A epidemiologista Denise Garret foi ao Twitter corrigir a informação de que a taxa de eficácia da Coronavac seria de 49% e não de 50,38%, como anunciado pelo Instituto Butantan.
“Parece que pelo protocolo do ensaio clínico da Coronavac, foi usado ‘hazard ratio’ para o cálculo de eficácia e não risco.”
Ela retuitou o cálculo do também epidemiologista Otavio Ranzani, que diz não ter tido acesso ao estudo do Butantan, mas citou o protocolo de testes.
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“O protocolo público de agosto, o protocolo diz que a eficácia seria estimada por 1 – Hazard Ratio”, que compara a incidência instantânea com eventos registrados em diferentes grupos.
Como publicamos há pouco, o Butantan soltou nota rebatendo os questionamentos sobre o cálculo de eficácia.
No texto, diz que “não há nenhuma margem de dúvida quanto aos resultados divulgados nesta terça-feira, 12/1, e qualquer interpretação diferente é de quem desconhece a epidemiologia e os métodos científicos reconhecidos mundialmente”.
O Butantan, porém, não apresentou a fórmula efetivamente usada para o cálculo. Também não respondeu aos questionamentos da reportagem.
“Quem põe em dúvida o resultado apresentado especula contra a ciência e só favorece teorias conspiratórias”, diz o instituto.
Quem oferece números diferentes a cada semana e não dá transparência à divulgação de dados científicos favorece ainda mais.