Brasil assina acordo com Japão para desenvolver potencial de nióbio e grafeno
O governo brasileiro assinou um acordo de cooperação com o Japão para implementar novas tecnologias para aumentar a produção de nióbio e grafeno em solo brasileiro. O nióbio é um mineral usado na produção de aço e supercondutores.
“Isso permitirá a troca de informações para experimentos e protótipos e a exploração de aplicações de nióbio ou grafeno que podem agregar valor aos produtos e à cadeia de produção”, disse o Ministério de Minas e Energia do Brasil em um comunicado.
“O acordo também prevê a troca de experiências e parcerias com a participação do setor privado em pesquisa e desenvolvimento”, acrescentou. “Além disso, será capaz de abordar tecnologias, experiências, boas práticas e programas de sustentabilidade e proteção ambiental aplicáveis à exploração mineral; mineração; tecnologias de reciclagem relacionadas ao nióbio ou grafeno; e tecnologias para recuperação de substâncias metálicas de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos.”
O nióbio, um mineral estratégico para o Brasil, no qual o país é o maior produtor mundial e responsável por aproximadamente 86% da produção, atualmente conta com o Japão como um dos principais importadores da liga ferronióbio (9,6% do exportado pelo Brasil).
A empresa local CBMM, controlada pela família Moreira Salles, que também detém 33,5% do capital do maior banco privado do Brasil, Itaú Unibanco, fornece 82% da produção global de nióbio.
O desenvolvimento do nióbio tem sido foco do Governo Bolsonaro, que afirma que o metal pode ajudar o país a diversificar seu setor de mineração, muito concentrado em minério de ferro.
Cristã e Correspondente Internacional na Europa.
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