STF pediu à Fiocruz para ‘reservar’ vacinas
Instituição de pesquisa é parceira da Universidade de Oxford, que está na corrida pela cura da covid-19
Sob a justificativa de “fazer a própria campanha de imunização”, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) procuraram a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para “reservar” doses de vacina. A instituição de pesquisa é parceira da Universidade de Oxford, que está na corrida pela cura do coronavírus. No caso do Supremo, o pedido foi para verificar a possibilidade de reserva de doses para 7 mil pessoas, entre ministros, servidores e colaboradores. A Fiocruz deve enviar a resposta ao STF nesta quarta-feira, 23. Um pedido semelhante foi feito pelo STJ, mas a instituição de pesquisa negou ao alegar que não antederá demandas específicas.
Em documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, o STF informa que a reserva das doses possibilitará o cumprimento de dois objetivos: imunizar o maior número possível de trabalhadores da Corte e do Conselho Nacional de Justiça e “contribuir com o país nesse momento tão crítico da nossa história”, ajudando a acelerar o processo de imunização dos brasileiros. “Considerando se tratar de um produto novo e ainda não autorizado pela Anvisa, gostaria de verificar a possibilidade de reserva de doses da vacina contra o novo coronavírus para atender a demanda de 7.000 (sete mil) pessoas”, informou na papelada o diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho.
Não é a primeira vez que os ministros do Supremo inclinam-se a “furar a fila” por vacinas. No mês de março, Oeste revelou que a Corte abriu processo licitatório para a aquisição de 4 mil imunizantes contra a gripe. O propósito era vacinar os magistrados, os servidores e os filhos dos integrantes do STF. O custo para os pagadores de impostos foi de R$ 140 mil.
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