Homenagem aos idosos que ainda mantêm este país vivo
Fecham-se escolas, centros de saúde, tribunais… Esquece-se com uma facilidade extrema aqueles que teimam em manter vivas as tradições mais genuínas do nosso país. São eles que continuam a manter este país vivo, no interior profundo, onde mais ninguém parece querer viver e todos parecem querer fugir.
Os filhos partem para ganhar a vida no estrangeiro, os netos estudam com a certeza que o futuro não é garantido. Nas aldeias, nas vilas, lugares mais remotos, há um povo que foi abandonado, mas que teima em resistir, teima em continuar a sua luta, que nada mais é do que a luta pela sobrevivência.
Nas aldeias onde não chega o progresso, onde a internet é uma miragem e onde muitas vezes nem sequer existe rede de telemóvel, eles mostram a sua fibra e continuam a fazer a sua vida, tal como os seus antepassados faziam.
Quase sempre esquecidos e abandonados pelo poder central, longe das notícias dos jornais, são eles que trabalham o campo, que cultivam o que comemos, que produzem o nosso alimento.
Fazem-no, muitas vezes, para poder ter um rendimento extra para sobreviverem. Outras vezes, fazem-no apenas e tão só por amor à sua terra, à nossa terra.
É urgente olhar para os nossos idosos. É urgente dar-lhes o valor e a atenção que merecem. É urgente que a memória deles não se perca e que os seus ensinamentos, a sua enorme sabedoria se perpetue no tempo e nos ajude a encontrar o nosso caminho, a voltar a ser quem fomos.
Cada idoso é um reportório de histórias, de sabedoria ancestral que foi passada de geração em geração. Cada idoso contém em si a alma de um povo e, muitas vezes, são eles os únicos que ainda nos podem recordar o povo que um dia fomos.
Para todos eles, os velhos destes país, a nossa mais sincera homenagem.
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