quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Explosão no Líbano

 

Explosão no Líbano: a luta religiosa pelo poder que se reabre após tragédia

Manifestações de rua acentuaram pressão contra governo do LíbanoDireito de imagemEPA
Image captionManifestações de rua acentuaram pressão contra governo do Líbano

“Os mecanismos de corrupção são maiores do que o Estado”, afirmou o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, ao anunciar a demissão de todo seu gabinete, incluindo ele, em meio à onda de manifestações no país. A indignação popular, acentuada pelas crises econômica e de coronavírus, ganhou força com a megaexplosão que destruiu quase metade da capital, Beirute.

O acidente, ocorrido em 4 de agosto no porto de Beirute, deixou ao menos 160 mortos, 6 mil feriados e grande parte da cidade sob escombros.

Diab havia formado governo em dezembro de 2019 como resposta a uma série de protestos iniciados em outubro daquele ano contra o sistema sectário de distribuição de poder que tem regido o país há décadas e que outorga cotas a distintas comunidades religiosas do país.

Em seu discurso de demissão, o primeiro-ministro atribuiu a responsabilidade pela tragédia de Beirute à “classe política corrupta” e assegurou que seu governo fez “todo o possível para salvar o país”, mas se deparou com um “grande obstáculo” no caminho pela mudança.

A renúncia de Diab foi aceita pelo presidente, Michel Aoun, mas este pediu que o governo mantenha suas atribuições enquanto não surgir uma nova formação.

Nenhum comentário:

Guerra dos mundos