terça-feira, 18 de junho de 2019

Prefeito de Florianópolis é preso pela PF e há suspeita de relação com ataques hackers

Prefeito de Florianópolis é preso pela PF e há suspeita de relação com ataques hackers a ministros

Foto: Diorgenes Pandini / DC
O prefeito de Florianópolis (SC), Gean Loureiro (MDB), foi preso na manhã desta terça-feira (18), sob acusação de participar de uma organização que violava sigilo de investigações em operações policiais. O objetivo das violações seria o de proteger políticos alvos de investigação. Ao mesmo tempo, a Polícia Federal suspeita que haja relação desse esquema com os ataques hackers que revelaram o conteúdo de mensagens dos procuradores federais e do Ministro da Justiça Sérgio Moro, na última semana, vazados pelo site The Intercept Brasil.
A Operação Chabu já estava tocando investigações sobre suspeitos de violação de sigilo de investigações policiais bem antes de ocorrerem os vazamentos fruto dos ataques hackers. Mas nos últimos dias, a PF viu a possibilidade de haver relação entre os suspeitos do esquema e as invasões dos celulares do ministro e procuradores. Uma fonte ligada à cúpula da PF, informou à revista Crusoé sobre a possibilidade de envolvimento entre as operações.
A Operação Chabu, que prendeu o prefeito de Florianópolis, é um desdobramento de outra operação, chamada Eclipse, que em 2018 descobriu uma rede de políticos, empresários e servidores da Polícia Rodoviária Federal, em atuações para proteger políticos envolvidos atrapalhando investigações. As acusações são de tráfico de influência, corrupção passiva, ativa, violação de sigilo funcional, obstrução de investigação e organização criminosa.

Site que vazou informações pode ter contratado hacker procurado pelo FBI

O esquema hacker que invadiu os celulares de Sérgio Moro e procuradores federais pode estar associado ainda a esquema internacional com objetivo de enfraquecer a legitimidade das prisões da Operação Lava Jato, com especial intenção na libertação do ex-presidente Lula. O comitê Lula Livre, que está presente em mais de 30 países, reúne ativistas e desde o início centram fogo no juiz Sérgio Moro.
Se forem confirmadas as afirmações do grupo hacker com o codinome Pavão Misterioso, neste domingo (18), os ataques hackers ao ministro e procuradores podem indicar uma operação internacional contra o governo brasileiro, algo que deve acender o alerta de segurança nacional.

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