quinta-feira, 20 de junho de 2019

Marcha para Jesus terá presidente pela primeira vez

Marcha para Jesus terá presidente pela primeira vez

Público evangélico representa 30% da população do país e é uma das principais bases de seu eleitorado

Ao subir nesta quinta-feira (20), por volta da 15h, no palco montado na Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira (FEB), em São Paulo, Jair Bolsonaro (PSL) marcará a primeira aparição de um presidente da República na Marcha para Jesus, principal encontro evangélico do País. O evento, que começou no exterior na década de 1980, foi logo trazido ao Brasil. Ocorre em São Paulo há 27 anos e reúne milhares de pessoas, de diversas denominações.
Bolsonaro subirá ao palco ao lado do deputado Marco Feliciano (Podemos-SP), pastor da Catedral do Avivamento que se tornou um dos principais articuladores do presidente junto à bancada evangélica no Congresso. Também estará ao lado do líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP). Há previsão de que assista a uma das apresentações gospel previstas para o dia e faça um discurso ao público. São esperadas mais de 100 mil pessoas.
A ideia da participação de Bolsonaro no evento é a de que se trata de uma oportunidade para que ele, como presidente, se conecte com o segmento e reforce o compromisso de campanha com a defesa dos valores cristãos. Algumas lideranças evangélicas na Câmara não estarão presentes desta vez. É o caso de Silas Câmara (PRB-AM), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, e de Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), da igreja Vitória em Cristo.
O público evangélico representa uma das mais aguerridas bases de Bolsonaro, que é declaradamente católico, mas garantiu 68% dos votos deste público ao abraçar a retórica pentecostal. Reportagem de VEJA mostrou, em sua edição 2633, que os políticos evangélicos estão com o governo na oposição à suposta doutrinação esquerdista em escolas e universidades. Também desejam, por razões teológicas, a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. Esta bancada deseja encampar também temas econômicos aos quais não costuma ser associada e conseguiu, em gestões diretas junto ao presidente, barrar a criação de um imposto que incidiria sobre templos. 

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