Watts prepara moto elétrica feita em Manaus com desempenho de 125 cc
Após fusão com a Multilaser, Watts vai ingressar no mercado de motos elétricas com mais estrutura e e capacidade de vendas e pós-vendas
29 de mar, 2022 · 4 minutos de leitura.
A Watts, startup brasileira de mobilidade elétrica criada em 2019, agora pertence à fabricante de eletrônicos Multilaser. O negócio foi selado nos últimos dias, por mais de R$ 10 milhões. O próximo passo da Watts é ingressar no mercado de motos elétricas. A empresa vai lançar o seu primeiro modelo, a E-150, com produção na Zona Franca de Manaus (AM). E promete que a moto elétrica terá desempenho equivalente ao de uma 125 cc - segmento que concentra a venda de veículos de duas rodas no País.
O aporte faz da Mutlilaser - detentora da Atrio, que fabrica patinetes elétricos - a primeira montadora de veículos 100% elétricos na capital amazonense. É onde produzem as marcas tradicionais de motos, como Honda e BMW, por exemplo. Para a Watts, a entrada da Multilaser no negócio vai ampliar as perspectivas de vendas e pós-vendas.
A ideia é adotar o modelo da "loja dentro da loja" (store within a store, em inglês). Desse modo, haverá comercialização de modelos da Watts nas revendas da Atrio e vice-versa. Dessa forma, a Watts vai rivalizar com a Voltz Motors no segmento de motos elétricas. E deve abrir mais pontos de vendas. Até o momento, conta com sete lojas próprias e 15 distribuidoras autorizadas em 10 Estados do Brasil. A startup segue como controladora, mesmo após a fusão com a Multilaser.
Duas baterias e autonomia de 150 km
Já disponível em pré-venda no site da Watts, a E-150, que antes era chamada de W-150, pode ter duas baterias de lítio de 72V e 35ah. O conjunto - removível e independente - rende autonomia de até 150 km e velocidade máxima de quase 100 km/h, segundo dados da fabricante. O motor elétrico tem 3000W de potência, o equivalente a 4 cv.
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O carregamento das baterias leva até 5 horas, mas a Watts informa que é possível recuperar 80% da carga em apenas 1 hora. A moto tem peso seco de 75 kg, sem as baterias. A suspensão é hidráulica regulável e a moto street usa discos nos freios com sistema CBS. Segundo a ficha técnica, a carga máxima é de 200 kg, ou seja, a E-150 leva até dois adultos grandes.
Em relação aos equipamentos, tem carregador USB, painel de LCD e farol com LEDs. A moto elétrica da Watts é homologada pelo Detran. Por ora, não há preço oficial, mas o modelo é negociado por cerca de R$ 20 mil. A marca, entretanto, não diz quando começam as entregas.
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Novos Argo, C3, HB20 e Polo estão a caminho para turbinar os hatches
Com novidades importantes, segmento de hatches voltará aos holofotes do mercado nos próximos meses; novos SUVs virão aumentar a competição
03 de jun, 2022 · 13 minutos de leitura.
Os próximos três meses serão agitados no mercado brasileiro de carros. Vários lançamentos estão a caminho das revendas, mas o destaque serão os hatches compactos, que nos últimos anos foram ofuscados pelos SUVs. Pois o segmento receberá ao menos três novidades de peso, sob influência dos novos limites de emissões do Proconve L7. A Fiat vai renovar o Argo, a Hyundai fará mudanças no HB20 e a Volkswagen vai atualizar o Polo.
Mas não é só. Para além dos hatches, teremos novidades quentes na categoria de SUVs. É o caso do New HR-V, que chega em agosto e teve as primeiras fotos vazadas. O SUV está confirmado pela Honda e virá antes do novo Civic, que chega importado no final deste ano. No mais, também estamos há poucas semanas de conhecer o Caoa Chery Tiggo 8 Pro, primeiro híbrido da marca sino-brasileira que promete baixo consumo de combustível.
Citröen C3
Um dos principais lançamentos de 2022, o novo C3 já está em produção na fábrica de Porto Real, no sul do Rio de Janeiro. O hatch com visual de SUV estava previsto para chegar às lojas brasileiras em abril, mas a crise de componentes adiou a estreia para o fim de junho. Portanto, o mercado está prestes a conhecer o compacto que promete desafiar os hatches de entrada, como Fiat Mobi e Renault Kwid, além da versões de entrada de HB20 e Onix.
Da mesma forma, o novo Citroën C3 promete encarar SUVs pequenos, como o Fiat Pulse. Para conseguir cumprir a missão de ser um carro de volume, terá uma ajudinha da Fiat com versões equipadas com o motor 1.0 Firefly flex da marca italiana. Ele se combina ao câmbio manual de cinco marchas e, assim, permitirá ao compacto ter preço inicial em torno de R$ 70 mil. Espera-se que tenha os mesmos 75 cv de potência do novo Peugeot 208 1.0.
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No entanto, a Citroën ainda não confirmou detalhes técnicos. Além do 1.0 flex, o mini SUV tende a oferecer o motor 1.6 16V flex de 118 cv e câmbio automático de seis marchas, presentes no Peugeot 208. Além disso, poderá ter o 1.3 Firefly flex da Fiat, ou mesmo o novíssimo 1.0 turbo flex de 130 cv, por enquanto, apenas no Pulse.
Volkswagen Polo
O VW Polo é um dos hatches mais esperados de 2022. No geral, o modelo ganhará o visual atualizado do europeu e ficará bem similar à oitava geração do hatch médio Golf, que ainda não veio ao Brasil. Mas, as mudanças não serão só estéticas. Além visual externo, com o redesenho dos faróis e lanternas, o compacto deve abandonar o motor 1.0 MPI flex de até 84 cv, que ficará para o Polo Track. Assim, pode ter o 1.6 MSI flex de até 117 cv com câmbio automático de seis marchas como opção entrada com foco nas vendas diretas. Mais acima, virá com o 1.0 turbo TSI de até 128 cv e 20,4 mkgf de torque, conectado ao câmbio automático. Já o Polo GTS 1.4 turbo de 150 cv pode não chegar agora.
Vale dizer que o Polo 2023 será peça importante para a Volkswagen, que vem enfrentando tempos difíceis no mercado, com vendas em queda. Dessa forma, ao que parece, o compacto trará novidades importantes na cabine, como um novo cluster para os comandos do ar-condicionado, além do volante que estreou no crossover Nivus, bem como a central multimídia VW Play com tela de 10 polegadas, que enfim terá internet.
Fiat Argo
O Fiat Argo deu muito trabalho aos hatches rivais em 2021. Com o Chevrolet Onix fora de produção por falta de chips, coube ao hatch da marca italiana liderar as vendas, ao lado do Hyundai HB20 - que acabou ficando em primeiro nos emplacamentos. No entanto, agora, a Fiat vai reforçar o Argo, que terá como novidade o motor 1.0 turbo flex.
Com três cilindros e injeção direta, o 1.0 Turbo 200 da Stellantis é o mais potente da cilindrada entre os hatches, com até 130 cv. Já o torque de 20,4 mkgf é o mesmo do 1.0 TSI do VW Polo. Porém, enquanto o hatch da marca alemã tem câmbio automático de seis marchas, o Argo 2023 terá a transmissão CVT com simulação de 7 marchas.
Com esse conjunto, o modelo da Fiat será um dos mais econômicos do mercado, ao lado do novo Honda City, que estreou neste ano. Além disso, o Argo deverá ganhar um leve facelift que vai incluir a nova multimídia de 10 polegadas do SUV Pulse. O sistema terá internet e serviços conectados com comandos remotos pelo smartphone.
Hyundai HB20
Fechando os lançamentos entre os hatches, o HB20 - carro de passeio mais vendido do Brasil em 2021 - também ganhará a linha 2023. Até o momento, a Hyundai não divulgou qualquer informação. No entanto, espera-se que o compacto chegue com uma repaginada boa no visual, já que foi avistado em testes com muita camuflagem. Segundo o site Autos Segredos, o hatch da marca sul-coreana será revelado em meados de julho.
Em relação à mecânica, haverá mudanças. A linha 2023 ganhará mais versões de acabamento com a presença do motor 1.0 turbo TGDI e do câmbio manual. Além disso, espera-se que o motor 1.0 aspirado de três cilindros receba ajustes para cumprir as novas regras do Proconve L7. Assim, ganhará potência e torque, e vai baixar o consumo.
New HR-V
Passando à categoria SUV, a expectativa é pela estreia do novo Honda HR-V, que já tem até um hotsite para os interessados. Ao todo, a nova geração do SUV, que estreia em agosto com produção em Itirapina (SP), terá 4 versões no Brasil. As mais caras terão o motor será o 1.5 turbo de 173 cv, que enfim será flexível - até então, era só a gasolina.
O novo HR-V também terá versões mais acessíveis com o motor 1.5 flex naturalmente aspirado. Ele tem quatro cilindros em linha e sistema de injeção direta de combustível, bem como comando variável de válvulas. Trata-se do mesmo motor da nova linha City, com 126 cv de potência e 15,5 mkgf de torque.
Além do visual renovado, com acabamento mais caprichado, o New HR-V será o primeiro carro nacional conectado da marca japonesa. Ele vai estrear o sistema My Honda Connect, com Wi-Fi nativo e aplicativo para smartphones que permitirá dar comandos remotos à distância e acessar dados como autonomia e localização, por exemplo.
Caoa Chery Tiggo 8 Pro
Logo depois teremos a estreia do novo Tiggo 8 híbrido. O SUV será o primeiro carro eletrificado da Caoa Chery no Brasil e sua estreia é esperada para as próximas semanas. A principal promessa do SUV é de entregar um dos melhores consumos da categoria - a despeito do seu porte avantajado, com até 7 lugares a bordo.
No visual, ele terá o mesmo desenho do Tiggo 8 Plus chinês. No entanto, por aqui, vai adotar o sobrenome "Pro", tal como as versões de topo dos demais SUVs da Caoa Chery. Dessa forma, o novo Tiggo 8 Pro promoverá a estreia do sistema híbrido leve flex de 48 volts da marca. Ainda não é certo qual será o motor a combustão escolhido. Contudo, espera-se pelo 1.5 turbo do Tiggo 8 atual, com 170 cv e 25,5 kgfm de torque.
Importante dizer que a versão eletrificada não virá ocupar o lugar do Tiggo 8 à venda, mas complementar a gama da Caoa Chery. Até porque o SUV será bem mais caro. Ele pode custar até R$ 100 mil acima do modelo a combustão - ou seja, próximo de R$ 300 mil.
Bônus: Fiat Fastback
Assim como fez no lançamento da picape Toro, a Fiat quer inovar o mercado. Por isso, vai apostar no segmento de SUVs-cupês com o Fastback. O nome (ainda provisório) é o mesmo do conceito do Salão do Automóvel de São Paulo de 2018. Previsto para o segundo semestre, o utilitário terá linhas esportivas, bem como será maior que o Pulse.
O plano da Fiat com o Fastback é desafiar SUVs compactos de 4,30 metros de comprimento. É o caso, por exemplo, de Hyundai Creta, Jeep Renegade e Volkswagen T-Cross. Mas tudo ainda é mistério. Assim, com o posicionamento superior, espera-se que o SUV-cupê aposte nos motores turbo. Ou seja, o 1.0 turbo flex de até 130 cv e 20,4 mkgf, e o 1.3 turbo flex de 185 cv e 27,5 mkgf. Disponível na Toro, este último recebeu atualização para se adequar às novas normas de emissões da fase L7 do Proconve.
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Mercedes-Benz GLC ganha nova geração com evoluções do Classe C
Novo Mercedes-Benz GLC estreia em duas versões com sistema híbrido de até 281 cv; SUV de luxo chega primeiro aos EUA e vem ao Brasil em 2023
03 de jun, 2022 · 6 minutos de leitura.
Carro mais vendido da Mercedes-Benz no mundo atualmente, o SUV médio GLC acaba de ganhar uma nova geração com muitas evoluções, por dentro e por fora. O utilitário de luxo feito sobre a base do novo Classe C ganha as principais tecnologias apresentadas no sedã. Por fora, mostra um visual mais recente da marca da estrela de três pontas, enquanto que, internamente, tem painel mais moderno com grandes telas Full HD. As mudanças ainda incluem a mecânica, com versões eletrificadas pela última geração do sistema EQ Boost.
Disponível em duas versões nos Estados Unidos, o GLC 300 e o GLC 300 4Matic, a nova geração do SUV será equipada com um sistema híbrido de 48 volts com gerador de partida. Dessa forma, vai contar com o motor 2.0 turbo de quatro cilindros, que gera 258 cv de potência e 40,8 mkgf de torque. Em conjunto, o motor elétrico adiciona 23 cv e 20,46 mkgf. Entanto o GLC 300 oferece tração traseira, a topo de linha conta com tração integral.
De acordo com os dados divulgados pela marca, ambas as versões vão utilizar um câmbio automático de nove velocidades. Além disso, a Mercedes-Benz afirma que o GLC 2023 acelera de 0 a 100 km/h em até 6,2 segundos, com a velocidade máxima de 209 km/h. Vale mencionar que a marca lançará novas versões. Uma delas será a híbrida plug-in recarregável em tomadas, que terá boa autonomia em modo elétrico.
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SUV mais encorpado
Junto com a nova mecânica, o GLC ganhou uma repaginada no design. A dianteira, por exemplo, ganhou grade maior e entradas de ar maiores, que deixam sua aparência mais robusta. Além disso, o capô agora conta com vincos mais marcantes. Contudo, a maior mudança está na traseira, que foi totalmente redesenhada, e apresenta um visual mais elegante e sofisticado. No catálogo, estão disponíveis rodas de liga leve de 18 a 20 polegadas.
O SUV do Classe C também passou por mudanças no tamanho. A nova geração do GLC tem 4,71 metros de comprimento, ou seja, é 5 centímetros maior que o modelo anterior. Com isso, o porta-malas também cresceu e agora oferece 620 litros. No mais, as medidas permanecem as mesmas. Segundo a montadora, as maiores dimensões não impediram que o SUV melhorasse a aerodinâmica. O coeficiente de arrasto (Cx) baixou de 0,31 para 0,29.
Interior luxuoso
Por falar em tamanho, a cabine também aumentou em espaço, com muita influência do Classe C. E, em conjunto, o SUV também conta com acabamentos mais requintados, que podem ser escolhidos de acordo com a preferência do comprador. No painel, a cor cinza predomina, mas tem detalhes em vermelho, o que garante um visual mais esportivo ao utilitário. No mais, há também um desenho novo nas portas, bancos e central.
Em relação às tecnologias, o SUV médio da Mercedes-Benz conta com painel digital de 12,3 polegadas e uma central multimídia de 11,9" com disposição vertical. Ela que conta com o sistema de entretenimento MBUX e conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. Outros destaques do pacote do SUV ficam para o carregador por indução para celulares, assentos com aquecimento e um recurso exclusivo digital que salva os perfis dos condutores.
Recursos semiautônomos
Por se tratar de um modelo de luxo, o novo GLC é recheado de recursos de assistência ao motorista. Assim, virá com câmeras 360°, Park Assist, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de direção e sinalização de trânsito e monitoramento em tempo integral. De acordo com a Mercedes-Benz, o SUV também traz uma nova versão do sistema de frenagem automática de emergência, que agora pode reagir em velocidades até 96 km/h.
O novo Mercedes-Benz GLC estreia no segundo semestre no exterior e tem lançamento no Brasil para daqui a pelo menos um ano, em meados de 2023.
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IPVA 2022: o que acontece se não quitar imposto antes do Licenciamento
O não pagamento do IPVA impossibilita proprietário de licenciar o veículo; documentação atrasada rende multa de R$ 293,47 e 7 pontos na CNH
03 de jun, 2022 · 9 minutos de leitura.
Em novembro de 2021, já se esperava uma alta robusta no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) deste ano. Afinal, os preços dos carros novos dispararam 22,5%, em média, encarecendo também os seminovos e usados. Assim, o tributo em 2022 ficou bem mais caro. E, com isso, muitos proprietários não conseguiram quitar o IPVA até agora. Dados da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz) apontam um salto de 426,6% no número de inadimplentes, que subiu de 1,226 milhão, em 2021, para 6,456 milhões.
O portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz) aponta que a inadimplência em 2022 já representa em rombo de R$ 6,26 bilhões aos cofres públicos. Ou seja, 311,1% maior que no ano passado. O problema é que o licenciamento vai começar. E o prazo para a quitação do IPVA está, portanto, próximo de vencer.
Ao Jornal do Carro, a Sefaz respondeu que "não há como comparar os números deste ano e do ano passado. Isso porque, em 2022, houve um ineditismo tanto da condição de descontos, como de parcelamento". Para suavizar a cobrança do do imposto, o governo paulista aumentou o desconto para pagamento à vista de 3% para 9%. até fevereiro. E quem optasse por parcelar, poderia pagar em até 5 vezes com desconto de 5%.
A Sefaz
Ao Jornal do Carro, a Sefaz informou que "ainda não começou a notificar os (contribuintes) atrasados, mas que (cobranças) poderão ser envidas aos proprietários apenas em julho", quando acaba o prazo do parcelamento. Assim, o órgão acredita que a média de inadimplentes deve permanecer em 8,5% - como ocorre desde 2009 (veja o gráfico).
Consequências
Questionada sobre as consequências para quem não paga o IPVA, a Sefaz afirma que "o proprietário que perder o prazo de pagamento de qualquer parcela do IPVA, de acordo com o calendário fixado, deverá quitar o montante remanescente à vista, com incidência de multa de 0,33% por dia de atraso e juros de mora com base na taxa Selic. Passados 60 dias, o percentual sobe para 20% do valor do imposto", tal como prevê a lei do IPVA (nº 13.296), de 2008.
A perda da data de pagamento gera, ainda, o cancelamento do desconto de 5% concedido pelo Governo do Estado no pagamento parcelado. Cabe recordar que o contribuinte que não quita o IPVA não recebe multa. Entretanto, fica barrado de realizar o licenciamento, que - para quem não quitou - começa a vencer já no mês que vem. Será assim por causa do aumento no número de parcelas para pagamento do IPVA 2022 que o Detran-SP aprovou para o calendário.
O prazo, que começava em abril para veículos com placas de final 1, em maio para os de final 2, e assim sucessivamente, começa agora em julho. E vai, então, até 31 de dezembro. Agora, são dois finais de placa por mês. Ou seja, 1 e 2 devem ser licenciados até o mês que vem.
Calendário do IPVA 2022
Sem o licenciamento, fica impossível emitir o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CLRV). Por isso, deixar de fazer a regularização do documento rende infração gravíssima caso haja flagra por fiscalização. A multa por trafegar com o documento em atraso fica em R$ 293,47 e soma 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Há, ainda, risco de apreensão do veículo no local, com custo extra diário até a retirada do carro.
Inadimplência pode chegar à Dívida Ativa
Permanecendo a inadimplência do IPVA - que acarreta em todas as questões supracitadas -, o débito vai para inscrição na Dívida Ativa. Desse modo, o nome do proprietário é incluído no Cadin Estadual (Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais). Isso, portanto, impede de aproveitar eventual crédito que possua por solicitar a Nota Fiscal Paulista ou mesmo realizar concursos públicos e solicitar empréstimos. A partir do momento em que o débito de IPVA estiver inscrito, a Procuradoria-Geral do Estado poderá cobrar o devedor mediante protesto.
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Como regularizar?
Para quitar o IPVA, uma opção para o contribuinte com o imposto em atraso é o pagamento por meio de despachantes ou via cartão de crédito nas empresas credenciadas à Sefaz. As operadoras financeiras conveniadas têm autonomia para definir o número de parcelas e estabelecer a melhor negociação com o devedor. Os valores pagos ao correspondente bancário vão para o Governo do Estado de forma imediata, e sem desconto ou encargo.
Neste caso, fica a dúvida: por que uma pessoa já endividada deve fazer mais uma dívida para pagar o IPVA? Para o co-fundador do DOK Despachante, Matheus Packs, depende do tempo de atraso do imposto. "A taxa média dos bancos é de 7,96% ao mês e pode chegar ao limite de 8% em alguns bancos, segundo o Procon-SP. E os juros diários cobrados pelo atraso de IPVA no final do mês podem chegar a 9,9%. Ou seja, caso ele realize o pagamento pelo cheque especial antes que a taxa de juros diários de atraso do IPVA ultrapasse a taxa do cheque especial, pode ser uma boa opção", explica Packs.
Vale fazer empréstimo?
Quando o devedor se vê em meio à tentação de solicitar empréstimo para pagamento do IPVA, o essencial é avaliar se as condições valem a pena. Para isso, Packs aconselha a verificação da taxa de juros. "Caso seja menor do que a (taxa) que incide nas parcelas do IPVA ou licenciamento, vale a pena", esclarece. Contudo, o prazo de quitação do empréstimo também deve ser ajustado antes da assinatura de contrato, alerta.
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Toyota Corolla sedã surge reestilizado e com duas telas no painel
Toyota revela reestilização do Corolla com retoques no visual e interior com duas telas e mais recursos; mudanças virão ao Brasil em 2023
02 de jun, 2022 · 5 minutos de leitura.
A 12ª geração do Toyota Corolla, carro mais vendido do mundo, acaba de receber uma reestilização de meia vida. No Brasil, o sedã médio estreou no fim de 2018 com o inédito sistema híbrido flexível. Ou seja, o motor a combustão pode ser abastecido com gasolina e/ou etanol. Pois a renovação, tal como era esperado, não traz grandes mudanças no visual do modelo. O sedã recebeu retoques no conjunto óptico e na grande frontal. Assim, as principais novidades estão na cabine e no conjunto propulsor.
Segundo a Toyota, houve evoluções importantes no sistema híbrido do Corolla. Na Europa, há versões com motores de 1,8 e 2 litros, ambas de quatro cilindros a gasolina. Além da unidade de comando (PCU) mais moderna, o carro traz novo pacote de baterias de íons de lítio com maior capacidade. Dependendo do conjunto, o peso é até 18 kg menor. O motor elétrico também foi aprimorado.
Com as atualizações, o Corolla 2023 apresenta melhor desempenho nas acelerações. Segundo a Toyota, a arrancada de 0 a 100 km/h está 1,7 segundo mais rápida na versão com o motor 1.8. No caso da 2.0 híbrida, são necessários 7,5 segundos. Ou seja, uma ótima marca para o híbrido. Conforme a marca, não houve aumento de consumo e emissões. No Brasil, ao sistema também deve ser atualizado. Aqui, o Corolla traz o motor 1.8 em versão flexível.
Nova multimídia e mais conectividade
A cabine também não traz mudanças importantes no visual. Entretanto, recebeu boas atualizações para manter o modelo competitivo no mercado. Nesse sentido, o quadro de instrumentos, por exemplo, ganhou tela maior, de 12,3 polegadas. Já a do multimídia, no topo central do painel, passa a ter 10,5" e recebeu recursos modernos, como o espelhamento sem fio com os apps Android Auto e Apple Carplay.
A lista de tecnologias do sedã médio também está mais robusta. Há, por exemplo, carregador sem fio (por indução) para smartphones. Bem como recursos avançados de segurança. Entre eles, há uma função que impede acelerações involuntárias (Acceleration Suppression). Assim como o chamado Emergency Steering Assist, que ajuda a esterçar o volante em caso de risco de colisão. O novo Toyota Corolla tem ainda alerta de aproximação de ciclistas e outros veículos.
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Novo Toyota Corolla confirmado no Brasil
No fim de fevereiro, o Jornal do Carro revelou que a Toyota iria renovar o Corolla ainda em 2022. Pois agora essa notícia está confirmada. A marca já anunciou que vai investir R$ 50 milhões na fábrica de Indaiatuba, no Interior de São Paulo. Ou seja, para modernizar a linha de montagem e o sedã médio, que receberá reestilização.
Entretanto, a mudança no Brasil só deve chegar no ano que vem. De acordo com a Toyota, a renovação da fábrica começa neste ano. Contudo, como a linha 2023 do modelo nacional chegou recentemente às lojas, as atualizações no Corolla devem demorar um pouco mais.
Atualizada às 18h18