terça-feira, 7 de dezembro de 2021

ODECAEDRO ROMANO: CONHEÇA UM DOS MAIORES MISTÉRIOS DA ARQUEOLOGIA

 

DODECAEDRO ROMANO: CONHEÇA UM DOS MAIORES MISTÉRIOS DA ARQUEOLOGIA

Há 300 anos a comunidade científica tenta decifrar para que serviam esses artefatos enigmáticos do passado

INGREDI BRUNATO, SOB SUPERVISÃO DE THIAGO LINCOLINS PUBLICADO EM 05/12/2021, ÀS 10H00 - ATUALIZADO EM 06/12/2021, ÀS 13H00

Dodecaedro exposto em museu da Irlanda - Divulgação/ Hunt Museum
Dodecaedro exposto em museu da Irlanda - Divulgação/ Hunt Museum

Em 1793, uma escavação no interior da Inglaterra revelou um curioso objeto de metal que tinha o formato de um polígono oco de doze lados — ou, em outras palavras, um dodecaedro. Cada face possuía um buraco esculpido, e, na parte exterior dos cantos da peça, havia pequenas esferas. 

A precisão com o qual o artefato havia sido moldado impressionou os especialistas da época, porém a característica mais marcante do achado era que eles não faziam a menor ideia de qual era sua função. 

Desde então, não avançamos muito no nosso conhecimento a respeito dessas relíquias do passado. Datadas do período entre o século 2 d.C e 3 d.C, na época do Império Romano, elas ficaram apelidadas de dodecaedros romanos.

Dodecaedro / Crédito: Divulgação/ Gallo-Roman Museum

 

O que sabemos

Mais de cem desses objetos foram desenterrados nos últimos anos. Eles estavam espalhados através da Europa: além da Inglaterra, os objetos foram encontrados na Alemanha, França, Itália, Espanha, Suíça, Hungria, Bélgica, Áustria, Holanda e Luxemburgo. A informação foi documentada pelo site News Beezer. 

A maioria era feito de bronze ou outro metal, embora alguns fossem de pedra. Todos eles possuem entre 4 e 11 centímetros de diâmetro, e os buracos de cada face do polígono metálico costumam ter tamanhos diferentes. 

Um detalhe curioso que apenas contribui para tornar a relíquia ainda mais enigmática é o fato que não existe nenhum documento histórico ou peça artística da época do Império Romano que faz menção a esse objeto.

Dois dodecaedros e um icosaedro em museu alemão / Crédito: Divulgação/ Rheinisches Landesmuseum Bonn

 

As hipóteses

Teorias das mais variadas foram levantadas pelos especialistas ao longo dos séculos para tentar explicar para que os antigos usavam o dodecaedro.

No século 19, uma das especulações que ganhou bastante popularidade foi a de que o artefato era uma arma. No entanto, o objeto não é afiado, e sabemos que os soldados romanos atiravam bolas de chumbo nos seus oponentes, então não faria sentido que também jogassem algo tão intrincado quanto um polígono metálico oco com vários lados e aberturas.  

O fato é que, ainda de acordo com o News Beezer, vários desses dispositivos foram encontrados em regiões que foram palcos de batalhas romanas no passado. Dessa forma, uma outra hipótese levantada é de que se trate de um instrumento de medição. 

Olhando através dos orifícios de tamanhos irregulares do dodecaedro, por exemplo, soldados poderiam calcular a distância entre eles e algum equipamento inimigo. 

Essa outra teoria caiu por terra no ano de 2016, quando o historiador Tibur Grull observou que nenhum dos artefatos possui a mesma proporção. Dessa forma, eles não seriam adequados para usos matemáticos. 

Dodecaedro exposto em museu alemão / Crédito: Divulgação/ Schwarzenacker Roman Museum

 

Como a maior parte dos dodecaedros não apresenta grandes sinais de desgaste, também há quem especule que se os objetos se tratavam simplesmente de uma peça artística, uma escultura de forma geométrica projetada para decorar ambientes ocupados por pessoas de prestígio. Essa hipótese também é sustentada pelo fato de alguns dodecaedros terem sido achados próximos de moedas ou outros artigos valiosos. 

Contudo, uma das teorias mais aceitas recentemente foi proposta por pesquisadores do Museu de Manchester, na Inglaterra, e é simplesmente de que o artefato tornava mais fácil a tarefa de costurar uma luva de tricô. A Europa é um local com invernos rigorosos, então seria um instrumento útil.

No vídeo abaixo, é feita uma demonstração de como é possível usar o dodecaedro para costurar luvas: 

 

Outras especulações são de que o objeto seria um castiçal de vela, uma ferramenta pertencente a algum jogo ou simplesmente uma peça de significado religioso ou cultural. No fim, a única certeza a respeito do dodecaedro romano é que ninguém tem certeza de nada.

“Não temos nenhuma fonte da antiguidade que nos dê uma explicação para a função ou significado desses objetos. Qualquer uma dessas teorias pode ser verdadeira, mas nenhuma pode ser validada ou refutada”, explicou o arqueólogo romano Rüdiger Schwarz, que esteve envolvido em uma escavação na cidade alemã de Frankfurt, conforme repercutido por um artigo do site Mental Floss.

Sobre a Roma Antiga

A capital do império mais importante e poderoso que o mundo já conheceu foi a Roma Antiga. Em seu ápice, ela era quase idêntica às metrópoles atuais — mas sem os problemas que enfrentamentos hoje em dia, é claro.

Aliás, Roma era ainda mais apinhada que as cidades modernas: no ano 200, alcançou 1 milhão de habitantes e sua densidade demográfica atingiu 66 mil pessoas por km2 (hoje, a cidade mais apertada do mundo é Mumbai, na Índia, com 29.650 pessoas por km2).

O Império Romano é mundialmente conhecido por sua cultura, arquitetura, literatura e história vasta, repleta de batalhas e traições. Os mistérios, como no caso dos dodecaedros, no entanto, são algumas das heranças mais instigantes do período.


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O lobby mata - Bebê de dois meses que foi vacinado contra a Covid-19 por engano tem convulsões

 

Bebê de dois meses que foi vacinado contra a Covid-19 por engano tem convulsões, diz família

A bebê de dois meses que recebeu a vacina da Pfizer contra a Covid-19 no lugar da vacina pentavalente em Sorocaba (SP) teve convulsões e passará por exames para identificar a causa das crises.

A informação foi dada pela família da criança em entrevista à TV TEM nesta terça-feira (07).

Já a outra criança, um menino de quatro meses, continua com febre alta e deve ficar internada por mais sete dias, fazendo uso de antibiótico através de um cateter.

Na tarde de hoje (07), o hospital Gpaci de Sorocaba informou que as crianças estão estáveis e não apresentaram piora no estado de saúde. Ambas passam por exames a cada 48 horas. Ainda de acordo com o hospital, as famílias estão recebendo suporte psicológico e serviço social. Os bebês devem permanecer internados até término da investigação diagnóstica e não correm risco de vida no momento.

A vacinação nos bebês ocorreu na quinta-feira (02). Conforme informou a Secretaria de Saúde, as duas crianças iriam receber a pentavalente, mas acabaram sendo vacinadas contra a Covid com a Pfizer.

Por ora, a técnica de enfermagem, que fez a aplicação na unidade de saúde do bairro Nova Sorocaba, na zona norte da cidade, foi afastada da sala de procedimentos injetáveis até a apuração e verificação das medidas que serão tomadas.

A prefeitura também abriu procedimento interno para apurar a responsabilidade da funcionária que trocou as doses, que foram aplicadas na unidade básica.

A Secretaria da Saúde informou que também entrou em contato com o Centro de Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo, o Ministério da Saúde e a fabricante da vacina, que relataram casos semelhantes ocorridos em outros locais, com sintoma de febre apresentado.

A orientação desses órgãos foi de que as crianças permanecessem em observação de 10 a 15 dias. Além de febre, um dos bebês apresentou vômito e irritabilidade.

Após a internação, as duas crianças não precisaram de remédio, mas receberam soro e, na manhã de sexta-feira (03), conseguiram tomar leite normalmente.

Os bebês passarão por um teste de sorologia e, em seguida, receberão a dose correta da pentavalente.

Guerra dos mundos