sábado, 7 de agosto de 2021

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SUS oferece mais quatro medicamentos para tratar psoríase

  

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer gratuitamente mais quatro medicamentos para o tratamento de psoríase. De acordo com o Ministério da Saúde, as novas opções de tratamento são alternativas para casos mais graves da doença ou para quando o paciente não responde bem aos medicamentos já ofertados.

Os medicamentos já eram ofertados pelo SUS, mas tinham indicação para tratamento de outras doenças. Segundo o Ministério, entre os medicamentos incluídos para tratamento da psoríase estão adalimumabe, indicado para a primeira etapa do tratamento após falha da terapia padrão para psoríase; o secuquinumabe e o ustequinumabe, indicados na segunda etapa do tratamento após falha da primeira; e o etanercepte, indicado na primeira etapa de tratamento da psoríase após falha da terapia padrão em crianças.

Eles foram incluídos no Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de psoríase em setembro deste ano após consulta pública realizada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec).A psoríase é uma doença crônica da pele, não contagiosa, caracterizadas por placas avermelhadas ou róseas, recobertas por escamas esbranquiçadas, que afeta a pele, as unhas e pode acometer as juntas. A doença pode ocorrer em qualquer idade, tanto em homens quanto em mulheres e, até o momento, não tem cur

Psoríase

O protocolo de tratamento de psoríase, a ser seguido pelos profissionais de saúde, foi publicado pelo Ministério da Saúde em 2013, para disponibilizar tratamentos e medicamentos que ajudem pacientes a alcançarem períodos prolongados de remissão da doença. Desde então, são ofertados tratamentos com fototerapia e fototerapia com fotossensibilização, além de medicamentos como ciclosporina, em cápsulas ou solução oral; metotrexato, em comprimido ou injetável; acitretina, em cápsulas; calcipotriol, em pomada; clobetasol, em creme; e dexametasona, creme.

Estes medicamentos, somados aos tratamentos médicos e sessões de fototerapia, segundo o Ministério da Saúde, melhoram as lesões, mas não curam a doença. “A melhor forma de tratamento e administração de remédios é feita com base em avaliação clínica, caso a caso, entre o médico e o paciente”, disse pasta em nota.

Fonte: Agência Brasil
Foto: Reprodução

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    sexta-feira, 6 de agosto de 2021

    Arqueólogos descobrem rede oculta de aldeias amazônicas dispostas como mostradores de relógio

     

    Arqueólogos descobrem rede oculta de aldeias amazônicas dispostas como mostradores de relógio



    Créditos: Iriarte et al, Journal of Computer Applications in Archaeology, 2020.

    Por David Nield
    Publicado na ScienceAlert

    Usando mecanismos de varredura remotos a laser montados em helicópteros, arqueólogos foram capazes de fazer um perfilamento abaixo das copas da floresta da Amazônia, revelando uma configuração de redes de aldeias antigas dispostas como mostradores de relógio.

    Embora essas chamadas aldeias de montes tenham sido localizadas antes, a nova tecnologia de levantamento de imagens revelou exatamente como elas foram organizadas em escala e os dados foram coletados sem a necessidade de trabalho laborioso e de escavação no solo.

    As descobertas foram possíveis por meio da tecnologia de varredura LIDAR – a mesma técnica de detecção de profundidade de longa distância encontrada em várias formas em carros autônomos e até mesmo nos iPhones mais novos da Apple.

    Créditos: Iriarte, J, et al. Journal of Computer Applications in Archaeology, 2020.

    “O LIDAR nos permitiu detectar essas aldeias e suas características, como estradas, o que não era possível antes porque a maioria não era visível pelos melhores dados de satélite disponíveis”, diz o arqueólogo José Iriarte, da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

    Em vez de fazer a varredura de monte em monte, como já fizeram no passado, os pesquisadores puderam ver a configuração de aldeias inteiras e as conexões entre elas, por meio de um sensor RIEGL VUX-1 UAV do LIDAR monitorando a floresta de cima.

    As varreduras mostraram como as aldeias – construídas entre 1300-1700 d.C. – foram organizadas para representar modelos sociais muito específicos, sem hierarquia clara.

    “A configuração espacial uniforme das aldeias de montes, como muitas aldeias circulares contemporâneas dos povos neotropicais, provavelmente representam representações físicas do cosmos na perspectiva nativo-americana”, escreve a equipe em seu estudo.

    Entre 3 e 32 montes foram encontrados em cada local, com os montes tendo até 3 metros de altura em alguns casos, e estendendo-se por até 20 metros de comprimento. Uma investigação mais próxima no futuro deve ser capaz de revelar exatamente para que esses montes eram usados ​​- de casas a cemitérios.

    Estradas secundárias e estradas principais longas e submersas com margens altas também foram descobertas pelo LIDAR, irradiando das aldeias de montes como raios de sol ou como os ponteiros de um relógio. A maioria das aldeias apresentava duas estradas partindo para o norte e duas para o sul.

    “O LIDAR oferece uma nova oportunidade de localizar e documentar localidades de terra em partes florestais da Amazônia caracterizadas por uma vegetação densa”, diz Iriarte. “Ele também pode documentar os menores vestígios de terra nas áreas de pastagem recentemente abertas”.

    Créditos: Iriarte et al, Journal of Computer Applications in Archaeology, 2020.

    No total, os arqueólogos estudaram cerca de 36 aldeias, algumas com apenas 2,5 quilômetros de distância da outra. Além de aldeias circulares e elípticas, os pesquisadores também as encontraram dispostas em uma forma mais retangular.

    A pesquisa preenche algumas lacunas em termos da história desta parte da floresta amazônica, na parte sudeste do estado brasileiro do Acre, que antes se pensava ser pouco habitada ao longo dos séculos.

    No entanto, o trabalho é apenas preliminar: há muito mais a descobrir sobre esses assentamentos antigos bem arranjados, o que exigirá um olhar mais atento sobre esses montes ‘mostradores de relógio’ recém-descobertos e os artefatos que podem ser encontrados neles.

    “A tecnologia ajuda a mostrar a diversificada e complexa história da construção desta parte da Amazônia”, diz Iriarte.

    A pesquisa foi publicada no Journal of Computer Applications in Archaeology.

    Guerra dos mundos