quinta-feira, 10 de setembro de 2020
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
Pantanal Sul matogrossense, o lugar mais lindo do planeta
O Pantanal é uma imensa região alagável no centro-oeste brasileiro e um dos melhores locais do planeta para se ver animais selvagens livres na natureza. É quase impossível não cruzar com jacarés, capivaras, macacos, aves e cobras desde as estradas e rios regionais. Ambientes preservados e esforços de conservação também aumentaram o número de onças-pintadas.
Apesar de ser a terra da onça-pintada, é raro ver uma no Pantanal. Ariscas, elas ficam escondidas na mata (Haroldo Palo JR/Viagem e Turismo)
No final de julho ou no começo de agosto acontece um dos eventos mais marcantes do Pantanal (MT e MS). A floração das piúvas, tinge a planície de rosa, e deixa o lugar ainda mais belo (Cassiano Zaparoli/Viagem e Turismo)
Cavalaria, pássaro típico do Pantanal (Zé Edu Camargo/Viagem e Turismo)
Os tuiuiús são o símbolo do Pantanal, mas há mais de 650 espécies catalogadas, o que torna a região um dos melhores pontos do planeta para a observação de aves. Alguns hotéis tem estrutura para grupos de birdwatchers, como o Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda (MS) e a Araras Eco Lodge, e Poconé (MT) (Rico/Viagem e Turismo)
O PANTANAL SULMATOGROSSENSE
O Pantanal SulMatogrossense é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Sua área é de 138.183 km2, com 65% de seu território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso. A região é uma planície aluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza e abundância, influenciada por quatro grandes biomas: Amazônia, Cerrado, Chaco e Mata Atlântica.
Pelas suas características e importância esta área foi reconhecida pela UNESCO, no ano 2000, como Reserva da Biosfera, por ser uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais da Terra.
O rio Paraguai e seus afluentes percorrem o Pantanal, formando extensas áreas inundadas que servem de abrigo para muitos peixes, como o pintado, o dourado, o pacu, e também de animais, como os jacarés, as capivaras e ariranhas, entre outras espécies. Muitos animais ameaçados de extinção em outras partes do Brasil ainda possuem populações vigorosas na região pantaneira, como o cervo-do-Pantanal, a capivara, o tuiuiú e o jacaré.
Devido a baixa declividade desta planície no sentido norte-sul e leste-oeste, a água que cai nas cabeceiras do rio Paraguai, chega a gastar quatro meses ou mais para atravessar todo o Pantanal. Os ecossistemas são caraterizados por cerrados e cerradões sem alagamento periódico, campos inundáveis e ambientes aquáticos, como lagoas de água doce ou salobra, rios, vazantes e corixos.
O clima é quente e úmido, no verão, e frio e seco, no inverno. A maior parte dos solos do Pantanal são arenosos e suportam pastagens nativas utilizadas pelos herbívoros nativos e pelo gado bovino, introduzido pelos colonizadores da região.
O Pantanal não é apenas um. Estudos efetuados pela Embrapa Pantanal identificam 11 pantanais, cada um com características próprias de solo, vegetação e clima: Cáceres, Poconé, Barão de Melgaço, Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia, Abobral, Aquidauana, Miranda, Nabileque e Porto Murtinho.
Já foram identificados quase duas mil espécies de plantas, classificando-as de acordo com seu potencial, como forrageiras, apícolas, frutíferas e madeireiras. Encontram-se em estudos algumas plantas que apresentam princípios ativos com potencial para aplicação médica e outros usos.
Nas últimas três décadas, a região vem sofrendo agressões pelo homem, praticadas principalmente nos planaltos adjacentes. Atualmente, os impactos ambientais e sócio-econômicos no Pantanal são bastante evidentes, decorrentes da inexistência de um planejamento que garanta a sustentabilidade dos recursos naturais desse importante bioma.
É preciso responder aos desafios de gerar uma nova base de informação tecnológica, capaz de conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental. As pesquisas mostram que é possível utilizar de forma sustentável os recursos naturais da região, proporcionando a elevação da renda e melhoria da qualidade de vida da população pantaneira, além de estudar alternativas como o ecoturismo, gerando empregos e garantindo a conservação do meio ambiente.
Fonte: Embrapa Pantanal
terça-feira, 8 de setembro de 2020
STF militante - Cármen, o Exército e a Amazônia
Cármen, o Exército e a Amazônia
Por
J.R. Guzzo
[07/09/2020] [18:24]
A ministra Cármen Lúcia é relatora de ação sobre o documento apresentada ao STF.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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Os atuais ministros do STF estão numa disputa cada vez mais agitada para ver quem, entre os onze, consegue fazer os piores papéis. Há, é claro, os grandes craques, gente da qualidade de um Gilmar Mendes ou Dias Toffoli, Edson Fachin ou Luís Roberto Barroso – especialmente esse Barroso, que se esforça todos os dias para ser nomeado guardião supremo da virtude no Brasil e, possivelmente, no resto do mundo. Mas sempre há um lugarzinho para a turma da segunda divisão tentar alguma coisa. É o caso da ministra Cármen Lúcia, que andava entregue à pequenez habitual de sua presença na mídia, hoje mais excitada com colegas que falam de “genocídio”, de “dictatorship” etc. É a velha história. Se ninguém está prestando atenção em você, tenha um ataque de nervos; sempre haverá quem pare um pouco para olhar.
O último chilique da ministra foi dar “cinco dias” para o Exército explicar a sua “presença” na Amazônia. Como assim? Desde quando Exército Brasileiro tem de pedir licença à ministra Cármen, ou a quem quer que seja, para ir a algum lugar do território nacional? Tanto quanto se saiba, as forças armadas têm o direito de estar presentes em cada palmo dos 8,5 milhões de quilômetros quadrados deste país. Não podem ir para o Paraguai ou para a Bélgica, mas aqui dentro podem, sim. Ou melhor, têm a obrigação legal de estar presentes – não podem dizer que nesse ou naquele lugar “a gente não vai”. Porque a ministra Cármen não pergunta, então, o que o Exército está fazendo no Paraná? Ou em Pernambuco? Perderam a noção.
A maior parte das fronteiras do Brasil com os seus vizinhos fica na Amazônia. Uma das principais funções de um exército, em qualquer lugar do planeta, é vigiar as fronteiras nacionais; se não fizer isso, quem vai fazer em seu lugar? Uma ONG? A PM de Alagoas? Os “capinhas” do STF? O Exército não precisa preencher um formulário em quatro vias para explicar por que mandou o pelotão “X” ou “Y” se deslocar do ponto “A” ao ponto “B” dentro do território brasileiro. Só num lugar como o atual STF, em seu show diário para convencer a si próprio que manda no “governo militar, antidemocrático e fascista” que está aí, daria para encontrar quem acha o contrário.
É, para resumir a ópera, mais uma comprovação da crescente incapacidade do STF em funcionar como uma corte de justiça de país decente. Para piorar o que já é ruim, o despacho da ministra Cármen foi feito para satisfazer – acredite se quiser – um pedido do Partido Verde, que conta com quatro deputados (4) entre os 513 que formam a Câmara. Pode isso, Arnaldo? Sobra, melancolicamente acima de tudo, a clara sensação de mais uma palhaçada top de linha. Por acaso o Exército Brasileiro vai abandonar a Amazônia para atender ao Partido Verde, ou à doutora Cármen? Não vai. Então chega.
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J.R. Guzzo
J.R.Guzzo é jornalista. Começou sua carreira como repórter em 1961, na Última Hora de São Paulo, passou cinco anos depois para o Jornal da Tarde e foi um dos integrantes da equipe fundadora da revista Veja, em 1968. Foi correspondente em Paris e Nova York, cobriu a guerra do Vietnã e esteve na visita pioneira do presidente Richard Nixon à China, em 1972. Foi diretor de redação de Veja durante quinze anos, a partir de 1976, período em que a circulação da revista passou de 175.000 exemplares semanais para mais de 900.000. Nos últimos anos trabalhou como colunista em Veja e Exame. **Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.
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