Rússia disse que retirou 'maioria' de seu efetivo da Venezuela, afirma Trump
Informação foi divulgada pelo presidente dos EUA em rede social.
Por G1
Rússia vendeu aviões de combate para a Venezuela — Foto: AFP
A Rússia disse que retirou "a maioria" de seu efetivo presente na Venezuela, afirmou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (3) no Twitter. O Kremlin é um dos governos que reconhecem Nicolás Maduro como presidente venezuelano, em contraposição a Juan Guaidó, e enviou militares e ajuda humanitária recentemente para demonstrar apoio ao chavismo.
"A Rússia nos informou que removeu a maioria do seu pessoal da Venezuela", escreveu Trump, que está em visita de Estado ao Reino Unido.
Aviões da Força Aérea da Rússia pousam em Caracas, na Venezuela, no sábado (23) — Foto: REUTERS/Carlos Jasso
Segundo o jornal norte-americano "The Wall Street Journal", a retirada ocorreu por falta de contratos e de dinheiro do regime chavista. Nem o Kremlin nem Maduro comentaram o caso.
A relação entre a Rússia e o governo de Maduro foi reforçada após a visita do chavista ao presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, no fim do ano passado. Os dois países assinaram acordos de investimentos na ordem de US$ 6 bilhões.
Nicolás Maduro e Vladimir Putin se cumprimentam em reunião em Moscou — Foto: Maxim Shemetov/Reuters
Além disso, em dezembro e em março, aviões russos aterrissaram na Venezuela. A manobra levantou suspeitas sobre uma mobilização do Kremlin para garantir a manutenção de Maduro no poder – inclusive com uso de "equipes de cibersegurança".
Também em março, Trump recebeu Fabiana Rosales, esposa de Juan Guaidó, e disse que a Rússia tinha de deixar a Venezuela. O embaixador russo na Venezuela, Vladimir Zaiomski, reconheceu à agência France Presse em maio que os militares da Rússia estavam em solo venezuelano justamente para reforçar as tropas locais.